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Soneto à conquista
Lamentável mundo que salta à vista
onde a beleza somente reveste,
casca frágil, criada pra conquista.
Praga tão clara e suja quanto a peste.
No lugar de cornetas e latidos,
os olhares e sorrisos são o início
dos pensamentos que se tornam atos
nem esperando o tempo mais propício.
Olhos ao verem olhos querem lábios
lábios ao terem lábios querem corpos
corpos usam corpos e esquecem restos.
Restos que seguem, apenas vagando.
os poucos que restam, vagam seguindo,
restando aos nossos seguintes que vaguem.
Jun/00
Histórico:
O primeiro soneto. Das coisas que um adolescente romântico via e era contra.
RS
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