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Escriba

Não penso no título,
lembro da vida,
deixo o tema tomar meu corpo
e começo a ver as palavras.
Divido idéias e intimidades
com esse papel,
amigo silencioso,
que não só me escuta
mas repete cada palavra
como se concordasse.
E para tal feito
devo ficar de peito aberto
não ter vergonha,
parecer ridículo,
por falar amor,
por falar cupido.
Ao fim leio
estas palavras virgens
vejo que regras
de métrica ou rima
não se aplicam a impulsos,
retomo o controle,
crio pilares e formas,
se é isso que quero.
Torço para ter um título,
Me despeço do branco maculado
sabendo que o procurarei,
novamente,
em pouco tempo.


 

10/03

Histórico:

 

A escrita como meio e fim.

 

RS

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