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Clausura
Faltam-me palavras
para descrever o horror,
repúdio, amargura, vergonha,
nem todas blasfêmias
podem sanar a dor
de me ver fraco,
fraqueza da covardia
de um covarde sonhador,
que acha que pode criar,
que pode, maldizendo,
encantar o mundo
dizendo cores nos sabores
e mantendo o que existe.
Pobre garoto que se acha homem,
mas ainda hoje gagueja
numa situação sem precedente
e foge, correndo,
garoto que sabe o pensar
de cada estranho,
que sabe que falar de amor
não é pestanejar
e sim ter confiança
mas ainda assim se mostra inseguro.
06/04
Histórico:
Quando não se converte em alegria...
RS
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